terça-feira, 23 de setembro de 2008

WhiteSpace - Programação com caracteres invisíveis

Tive oportunidade de trabalhar com várias linguagens de programação, entre elas o assembly do Z-81, FORTRAN, COBOL, C, C++, Forth, Haskel, Trilogy, Java e outras menos conhecidas. Por isso sempre acompanhei com interesse os debates fervorosos sobre qual é a melhor linguagem e sempre li sobre o surgimento de novidades no assunto.

Há uma semana meu irmão me contou uma que eu desconhecia e, a princípio, não acreditei.

Imagine uma linguagem de programação baseada em caracteres que não podem ser impressos? Essa é a WhiteSpace, uma linguagem criada por uns malucos da Durham University/UK, onde todas as construções utilizam apenas tabs, espaços e caracteres de nova linha (CRLF).

Para piorar, o artigo que lançou a linguagem foi publicado em 01/Abril/2003. Piada de primeiro de abril? Que nada.. a coisa existe mesmo... tem interpretador para baixar e usar.

Não vou colocar um trecho de código aqui por razões óbvias mas convido os amigos a visitarem a página destes insanos e apreciarem os vários exemplos. E quem implementar um editor de texto com a linguagem me avise que vamos providenciar um prêmio (ou uma internação).

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Microsoft se junta à OMG

No dia nove deste mês a Microsoft oficialmente juntou-se ao OMG, o que repercutiu de forma muito positiva para os dois lados. Para quem não sabe em 2006 a Microsoft se recusou a suportar a evolução da UML, considerando-a muito geral. Fica claro que a Microsoft percebia um foco muito restrito no uso da UML e que, com esta união de forças, reconhece a importância da UML e da OMG nas tendências de modelagem de processos, de sistema e no contexto de MDE.

Juntamente com o recente o apoio da Microsoft à Apache Software Foundation (veja aqui), o apoio à OMG mostra um direcionamento da estratégia da empresa no sentido de adotar padrões abertos mundialmente aceitos e de valorizar a visão da comunidade de arquitetos e desenvolvedores.

Certamente a união de forças resultará em mais benefícios à comunidade, uma vez que ninguém questiona a capacidade intelectual e de produção da Microsoft.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Gerenciamento ágil de projetos com David Anderson

Quem me conhece sabe que sou um grande apreciador da mistura metodológica. Interessado desde sempre pelo projeto de software, a leitura do famoso artigo "No Silver Bullet - Essence and Accidents of Software Engineering", ainda na época da graduação, definiu uma parte importante da minha conduta profissional na área de engenharia de software: Cada projeto é um projeto, cada problema tem suas particularidades e, na maioria das vezes, as ferramentas para solucioná-los tem que ser forjadas, novas, a partir de um monte de ferramentas existentes.

É por isso que, apesar de apreciador público dos métodos mais formais de especificação, medição e gestão, não pude deixar de ficar de olho em trabalhos interessantíssimos que surgiram como fruto do manifesto ágil e seus desdobramentos, ainda mais sendo assinado por nomes como Kent Beck, Alistair Cockburn, Ron Jeffries, Robert C. Martin, Steve Mellor.

Minhas primeiras experiências foram na adaptação de conceitos de SCRUM para projetos críticos com times pequenos. Dessas leituras vieram também algumas experiências com metodologias híbridas e o retorno ao uso de papel e caneta para criar ferramentas "primitivas mas funcionais" para o gerenciamento de projetos.

Mas, afinal, estou escrevendo este post para lembrar aos leitores que nem sempre temos oportunidade para trocar idéias com os papas desta área e, por isso, vale um esforço extra para comparecermos ao evento Zen of Agile Management com David J Anderson, autor do livro Agile Management for Software Engineering, que ocorrerá pela primeira vez no Brasil nos dias 21 e 22 de Outubro.


O evento é encabeçado pelo amigo Adail Retamal, da Heptagon, um dos precursores do desenvolvimento baseado em objetos no Triângulo Mineiro e um dos heads do movimento ágil no Brasil.

É uma excelente oportunidade de imersão no universo da gestão ágil de projetos e outro ponto positivo é que o curso inclui estudo de casos usando FDD.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Browser da Google quebra paradigmas : Boas vindas ao Google Chrome

Continuo de olho em tudo que a Google anda fazendo. Como sempre defendo, se existe alguma empresa que pode no futuro (próximo ou remoto) quebrar a hegemonia da Microsoft, esta é a Google. Isso por que a Google tem o olhar na usabilidade que fez tanto sucesso à Microsoft, a preocupação com a arquitetura das aplicações que deu tanta credibilidade à Sun e a diversas distribuições de Linux e um espírito inovador que não perde em nada para a Apple.

Bem, enquanto não vem o sistema operacional da Google (o que não deve demorar), vamos desfrutrando as aplicações que pelo jeito vão substituir muito do Office e outras aplicações da Microsoft. Agora é a vez do browser.

Sou usuário do Firefox há muito tempo e agora já estou experimentando o Chrome. Para seu lançamento, a Google lançou uma estória em quadrinhos que conta muito da arquitetura do novo navegador e quem gosta de TI vai gostar do que irá ler.

Dentre as características mais interessantes que tomei conhecimento estão:
  • Browser multi-processo: Cada aba é um processo. Portanto, se um javascript travar, basta remover aquela pasta;
  • A rendering engine é a Webkit, que é de código-aberto e tem suas raízes lá no Linux/KDE.
  • Os javascripts vão rodar numa virtual-machine de alto desempenho que também está sendo projetada do zero.
  • Uma estrutura de segurança bastante inteligente e particular, que trata cada tab individualmente. Aliás, as tabs são os objetos-foco do Chrome.
Vale a pena fazer o download e ler um pouco sobre o assunto.

E, como sempre, fiquem de olho na Google!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

30 habilidades que todo profissional de TI deve possuir

Trago aqui o link para um artigo muito bom escrito por um CIO, que apresenta as habilidades que todo (todo mesmo) profissional de TI deve ter.

Use como um guia para avaliar as habilidades que você precisa adquirir ou melhorar.

Clique aqui para visitar o artigo no site da ITWorldCanada.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Perfil de "Analista de Negócios" vem ganhando terreno no mercado

O mercado de TI vem confirmando o já esperado crescente interesse no perfil de "Analista de Negócios". A tendência vem se confirmando em função da penetração efetiva da TI em todos os processos de negócio da organização, tornando-se elemento estratégico de sucesso mesmo no contexto dos clientes internos.

O papel do "analista de negócios" é exercer uma interface entre as áreas de negócios e os profissionais ténicos da área de tecnologia da informação. De fato, cada um destes grupos tem um dialeto próprio e uma visão particular da organização e o analista de negócios, com sua formação peculiar, deve, em princípio, possuir a habilidade para intermediar a comunicação, traduzindo os requisitos de negócio em especificações lógicas para os sistemas e direcionando às áreas de negócio quanto à melhor forma de aproveitar os ativos de TI, seja durante a construção de um sistema em particular ou seja durante um planejamento corporativo.

No contexto técnico, espera-se que o analista de negócios possua habilidade para realizar a modelagem lógica de dados e de processos, em uma linguagem que lhe permita se comunicar facilmente com os seus dois clientes. Isto significa dominar relativamente bem a UML (unified modeling language), com ênfase nos modelos de classe, nos casos de uso e nos diagramas de atividade. Também é importante que saiba identificar no ambiente de negócios os requisitos não funcionais e representá-los apropriadamente na especificação do sistema.

No contexto de negócios, o profissional deve ter boas habilidades de relacionamento, boa capacidade de comunicação e quanto mais conhecer de negócio em geral e do negócio onde está atuando em específico, melhor. Deve ter uma visão generalista, de modo a identificar oportunidades de reaproveitamento de processos, e entender a estratégia do negócio para não correr o risco de perder a objetividade nas soluções propostas. É importante também ter noções de gestão de projetos. Inglês é essencial, dado que a maioria dos bons materiais sobre o assunto está nesta língua, que é o idioma oficial do mundo dos negócios.

Atualmente é mais fácil que um profissional de TI caminhe no sentido de se tornar um bom analista de negócios do que o contrário. Os cursos de formação em negócios têm em geral pouca ênfase na modelagem de processos e na gestão da interface com TI, mas isto parece que vem mudando.

Este perfil profissional mostra sua consolidação com o surgimento em 2003 do Instituto Internacional de Analista de Negócios, órgão reconhecido internacionalmente por direcionar as iniciativas de padronização e definição de requisitos de qualificação do perfil. Estes direcionamentos estão relacionados no BABOK (Business Analyst Body of Knowledge), que pode ser baixado diretamente do site do instituto. Há também uma certificação que vem ganhando reconhecimento na comunidade internacional.

Uma recente análise de mercado promovida pelo grupo Voke, um dos mais reconhecidos na análise de mercado, mostra que finalmente os executivos perceberam que a maioria dos projetos de desenvolvimento falha na fase de levantamento de requisitos, que é uma responsabilidade principalmente da área de negócios mas que pode ser apoiada pelo analista de negócios. O relatório mostra que as organizações com o papel formal de analista de negócios tem a possibilidade de atender mais efetivamente aos projetos, tanto quanto nos requisitos quanto no cumprimento dos prazos, o que se traduz em vantagem competitiva.

Se por um lado o relatório mostra o crescimento deste mercado, por outro lado indica também que mais de 90% utilizam ferramentas pouco efetivas e estáticas na modelagem dos requisitos, o que se traduz em ineficiência no acompanhamento da dinâmica de negócios. Para quem atua na área de educação superior, fica evidente que está faltando embasamento técnico mas isto é assunto para outro artigo.

A formação de analista de negócios é um bom caminho para aquele profissional de TI que não aprecia muito as disciplinas de programação e engenharia de software e para os profissionais de negócio que se interessam por TI, projetos de desenvolvimento de sistemas ou por modelagem de processos de negócio.

Finalizando, para quem quer se tornar um bom analista de negócios, venha do lado da TI ou do lado do business, seguem algumas dicas:
  1. Estude e exercite muito bem as técnicas de modelagem de componentes e processos de negócio: diagramas de classe de domínio, diagramas e descrições de caso de uso, diagramas de atividade. Mantenha-se informado sobre os avanços na disciplina de engenharia e análise de requisitos;
  2. Procure alcançar uma formação abrangente da área de negócios. Seja curioso. Leia artigos sobre contabilidade, finanças, CRM, BPM, estratégia e tendências de negócio;
  3. E, obviamente, mantenha-se atualizado sobre o que o mercado (local e global) espera de um bom analista de negócios;
Precisando de mais informações sobre o assunto entre em contato.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Microsoft prepara uma completa reformulação na arquitetura de seus sistemas operacionais

Finalmente a Microsoft trabalhou sério para combater a maior crítica contra os seus sistemas operacionais: a arquitetura. Apesar do já conhecido alto nível de usabilidade, a arquitetura dos sistemas operacionais da família Windows é seu o principal ponto de vulnerabilidade, que lhe permite ser atacado pelos já conhecidos vírus de computadores e dá margem para a ocorrência freqüente da famosa "blue screen of death" (ou, simplesmente, "tela azul" quando o Windows trava.

O projeto, que tem o codinome Midori, ainda está no nível de pesquisa e prevê uma completa revisão na arquitetura, passando a ser estruturado completamente em código gerenciado. Vale a pena ficar de olho.

(fonte: SD Times, Agosto/2008)

Brasileiros são a nova vedete do mundo dos massive multiplayer online games

Os brasileiros da Hoplon Infotainment, baseada em Florianópolis/SC, são os responsáveis pela a criação de um novo universo virtual denominado Taikodon que é a mais nova promessa do mundo de Massive Multiplayer Online Games (MMOG).

A iniciativa é suportada por muita criatividade, inovação, mainframes IBM e a metodologia SCRUM de gerenciamento de projetos.

O sucesso é tanto que o projeto ganhou 7 páginas na edição de agosto de uma das mais conceituadas revistas de notícias do mundo da tecnologia, a IEEE Spectrum.

Blog openning!

Estou abrindo meu blog para compartilhar as novidades e experiências do mundo da tecnologia